Por
Julio Isao e Carla Deri
Quando falamos da nossa religião,
a Umbanda, não nos damos conta de que temos pouco mais de 104 anos de
existência, nascemos de forma natural, crescemos e nos difundimos de forma
muito rápida, sem muita estrutura, sem muita base. Podemos assim dizer que este
foi o primeiro ciclo da Umbanda, que durou aproximadamente 70 anos, terminando
em 1978.
O segundo ciclo, que deve durar mais 70 anos, com início em meados de 1979, tem como característica o esvaziamento da religião, um sentimento de negação, de renegação das próprias origens. Os poucos que ficaram o fizeram por amor, por missão, por sentir verdadeiramente o chamado dos Pais e Mães Orixás. Mas algo começou a mudar, algo começou a se estruturar.
O segundo ciclo, que deve durar mais 70 anos, com início em meados de 1979, tem como característica o esvaziamento da religião, um sentimento de negação, de renegação das próprias origens. Os poucos que ficaram o fizeram por amor, por missão, por sentir verdadeiramente o chamado dos Pais e Mães Orixás. Mas algo começou a mudar, algo começou a se estruturar.
A Umbanda começou a ter
expressividade na literatura nacional. Alguns poucos títulos começaram a se
multiplicar. Em 1980 é publicado o livro “O Cavaleiro da Estrela Guia”,
psicografado por Rubens Sarraceni, e desde então sua produção literária, através
da Mediunidade, não tem cessado. Hoje
vemos que vários outros autores estão se destacando e auxiliando na produção de
conhecimentos de base e estruturais para a saúde de nossa Religião.
Hoje vivenciamos um momento único
da Umbanda. Podemos abertamente falar de nossas práticas, explicar nossos
métodos, expor nossas técnicas. Não existe mais alegação de ignorância por
falta de informação, existe a busca pelo entendimento.
Existem momentos de partilha
entre os nossos Guias e nossos Médiuns onde cada um é corresponsável pelo
trabalho que desenvolve e executa, criados pela construção incansável dos “por
quês”, “para que”, “quandos”, “como” e “onde”.
As verdades são compartilhadas,
cooperadas. Os Dirigentes se permitem vivenciar experiências em conjunto, muitos muros já foram
quebrados e as pontes estão sendo construídas.
Isto significa que cada dirigente
irá manter sua tradição, suas raízes, mas também irão trabalhar em cooperação,
em mútuo sentimento de irmandade, de união e de fraternidade.
Esta reaproximação com a
verdadeira “família espiritual” compreende o entendimento dos processos que os
Guias utilizam, dos fundamentos de nossas casas, da ordenança energomagnética
de nossos congás, enfim, de toda a dinâmica de nossos trabalhos. Tornando-nos
cooperadores conscientes da missão maior da Umbanda, que é o “Espírito para a
Caridade”, conforme ensinou o nosso querido Pai Caboclo das Sete Encruzilhadas.
Por isso lhe pedimos amigo, se
permita vivenciar, conhecer, partilhar os aprendizados que podemos ofertar pelo
Instituto Cultural Umbanda Para Todos. Este instituto é em nossa cidade a
resposta da necessidade de união, fraternidade, esperança, força, aprendizado e
luta de dirigentes, sacerdotes e irmãos em Umbanda.
Vamos pensar nisso.
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