domingo, 27 de janeiro de 2013

POR QUE ESTUDAR ERVAS NA UMBANDA?



Porque as ervas estão presentes em todas as religiões, dentro de todos os rituais religiosos, desde sempre. E a Umbanda é a religião da natureza. Da natureza elemental e da natureza humana.
As ervas são organismos vivos. Há um vida espiritual contida em cada erva. Isso é chamado de *Imanescência Divina, o espírito vivo de Deus que anima tudo. Dos elementos da natureza, o mais parecido com o da natureza humana é o vegetal, pois ele nasce, cresce, se reproduz e morre. Esse espírito vivo possui características energéticas definidas pela vibração passada aos organismos à sua volta.  Essa vibração magnética é polarizada, ou seja, pode ser positiva ou negativa. Então, uma erva é atribuída a um Orixá por analogia vibratória. Energia que está presente na vibração do Orixá com a energia que está presente na vibração da erva. 
Para o uso correto de uma erva, é necessário saber: o nome da erva e o verbo atuante. **Verbo é o poder realizador divino, é o poder de transformação, consequentemente é magia. O que movimenta ou ativa o poder realizador é o propósito, a intenção.
Uma mesma erva pode proporcionar mais de um poder realizador. Como exemplo a hortelã, que é antigripal, vermifugo, estimulante, refrescante, etc.
Uma mesma erva pode ser atribuída a vários Orixás. Não pela sua cor, seu formato ou seu visual, e sim pela vibração. Afinal, os Orixás estão ligados entre si.
Pode-se usar ervas frescas ou secas. A erva fresca carrega em si a imanescência divina, o fator vegetal e o fator aquático. A erva seca carrega todos os fatores anteriores e mais ainda o fator concentrador, pois sofre o processo de desidratação. Qual é a melhor?
A melhor é aquela indicada pelo seu guia ou protetor, de acordo com a necessidade. Ou ainda, nos dias corridos de hoje, a que está mais fácil de se obter. Também sempre lembrar que a lua influencia na quantidade de água na planta. Em luas cheia e crescente, haverá mais água nas folhas, e em luas nova e minguante, nas raízes.
As ervas são classificadas como Quentes ou Agressivas, Mornas ou Equilibradoras e Frias ou Específicas. Isso não é uma classificação de acordo com a temperatura da erva, e sim de acordo com seus fatores.
As ervas quentes ou agressivas, carregam o poder de agredir estruturas energéticas negativas. Dissolvem larvas astrais, miasmas e cascões energéticos. São muito usadas pelos Exus, pelo campo de ação deles, pois atual na natureza humana, nas linhas de choque (demandas, magias negativas, projeções mentais, etc.). Seus verbos mais utilizados são: limpar, consumir, purificar, dissolver, descarregar.
Exemplos mais comuns de ervas quentes: cacto, urtiga, arruda, guiné, comigo-ninguém-pode.
As ervas mornas ou equilibradoras, carregam o poder de equilibrar, tornar magneticamente receptivo, adequar o padrão energético para não atrair o semelhante. Reconstitui a aura,  que pode ter sido ``esburacada´´ por cargas negativas. Seus verbos mais utilizados são: equilibrar, manter, adequar, fluir, restaurar, energizar. Exemplos mais comuns de ervas mornas: hortelã, elevante, sálvia, alfazema, alecrim.
As ervas frias ou específicas, tem o seu poder de atuação depois de limpar e de equilibrar. São usadas para mediunidade, para atrair bons fluidos, para prosperidade, para fitoterapia, etc. 
Exemplos mais comuns de ervas frias são: rosa, anis, jasmim, malva, café, louro, melissa, manjericão.
Observar que uma erva pode ser ao mesmo tempo quente, morna e fria, pois carrega mais de um fator realizador. Os padrões energéticos se complementam, nunca se anulam. Então, por exemplo, pode-se associar o uso de todas elas na preparação de um banho. Neste caso, volto a frisar a palavra mágica ``intenção´´, Sempre colocar intenção no uso de uma erva. E esperar o merecimento ... 
Quando é falado em ervas, subentende-se toda a planta: raiz, caule, folhas, frutos e sementes. Existem também as resinas, que são a seiva vegetal endurecida extraída da casca das árvores, muito usadas em defumações.
Sabendo de tudo isso, estaremos mais qualificados para preparar nossos banhos.
Então, vamos aproveitar!!!!!

Fonte: Frat. Espírita Mons. Horta
http://requintemaryhelena.blogspot.com.br/2011/09/por-que-estudar-ervas-na-umbanda.html

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Instituto Cultural Umbanda Para Todos

A ignorância é o maior alimento para o Preconceito.
A ignorância é a maior arma para a Intolerância
A ignorância é a maior fonte de Injustiça.
A ignorância é a não prática do bem, portando o auxilio na manutenção do mal neste mundo.
Então, qual será a nossa postura, vamos nos permitir conhecer o novo, reciclar o que já temos, renovar nossos conhecimentos?

Não alimente a ignorância!
Participe!


terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Umbanda em Transformação

Por
Julio Isao e Carla Deri



Quando falamos da nossa religião, a Umbanda, não nos damos conta de que temos pouco mais de 104 anos de existência, nascemos de forma natural, crescemos e nos difundimos de forma muito rápida, sem muita estrutura, sem muita base. Podemos assim dizer que este foi o primeiro ciclo da Umbanda, que durou aproximadamente 70 anos, terminando em 1978.
O segundo ciclo, que deve durar mais 70 anos, com início em meados de 1979, tem como característica o esvaziamento da religião, um sentimento de negação, de renegação das próprias origens. Os poucos que ficaram o fizeram por amor, por missão, por sentir verdadeiramente o chamado dos Pais e Mães Orixás. Mas algo começou a mudar, algo começou a se estruturar.
A Umbanda começou a ter expressividade na literatura nacional. Alguns poucos títulos começaram a se multiplicar. Em 1980 é publicado o livro “O Cavaleiro da Estrela Guia”, psicografado por Rubens Sarraceni, e desde então sua produção literária, através da Mediunidade, não tem cessado.  Hoje vemos que vários outros autores estão se destacando e auxiliando na produção de conhecimentos de base e estruturais para a saúde de nossa Religião.
Hoje vivenciamos um momento único da Umbanda. Podemos abertamente falar de nossas práticas, explicar nossos métodos, expor nossas técnicas. Não existe mais alegação de ignorância por falta de informação, existe a busca pelo entendimento.
Existem momentos de partilha entre os nossos Guias e nossos Médiuns onde cada um é corresponsável pelo trabalho que desenvolve e executa, criados pela construção incansável dos “por quês”, “para que”, “quandos”, “como” e “onde”.
As verdades são compartilhadas, cooperadas. Os Dirigentes se permitem vivenciar  experiências em conjunto, muitos muros já foram quebrados e as pontes estão sendo construídas.
Isto significa que cada dirigente irá manter sua tradição, suas raízes, mas também irão trabalhar em cooperação, em mútuo sentimento de irmandade, de união e de fraternidade.
Esta reaproximação com a verdadeira “família espiritual” compreende o entendimento dos processos que os Guias utilizam, dos fundamentos de nossas casas, da ordenança energomagnética de nossos congás, enfim, de toda a dinâmica de nossos trabalhos. Tornando-nos cooperadores conscientes da missão maior da Umbanda, que é o “Espírito para a Caridade”, conforme ensinou o nosso querido Pai Caboclo das Sete Encruzilhadas.
Por isso lhe pedimos amigo, se permita vivenciar, conhecer, partilhar os aprendizados que podemos ofertar pelo Instituto Cultural Umbanda Para Todos. Este instituto é em nossa cidade a resposta da necessidade de união, fraternidade, esperança, força, aprendizado e luta de dirigentes, sacerdotes e irmãos em Umbanda.
Vamos pensar nisso.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Breve Ensaio sobre Mediunidade

Por
Julio Isao


Mediunidade

a)      O que é Mediunidade?
Será que sabemos ao certo o que vem a ser a mediunidade? Podemos com toda confiança defini-la e desta forma demonstrar o quanto dominamos este assunto?
Emmanuel define a mediunidade como a ocorrência que, invariavelmente, nasce de espírito para espírito. Ou seja, é natural e própria de todos os espíritos, independente do estágio em que estejam.
Assim podemos definir com toda propriedade que todos os espíritos encarnados ou desencarnados possuem capacidade mediúnica, pois é a forma primordial de comunicação do espírito.
Conforme definimos acima, concluímos que a mediunidade é uma faculdade ou aptidão inata do espírito, ou ainda, uma faculdade de comunicação do espírito. Portanto, um dos componentes da mente, definida como conjunto de faculdades que atuam em sincronismo e em regime de interdependência.
Assim, se nos livrarmos dos dogmas, das ortodoxias, das teorias de culpa, conseguimos visualizar a mediunidade como valioso instrumento de educação e progresso.
É bem certo que a comunicação de espírito para espírito, é um processo que necessita ser desenvolvido e aprimorado constantemente, pois o espírito que está recebendo a mensagem precisa ter condições mínimas de conhecimento e intelecto para compreender e aprender o que o espírito está lhe transmitindo.
Assim, é um grande equivoco presumir que os Espíritos suprem todas as nossas deficiências, pois a cada um é dado conforme suas condições.

b)     Desenvolvimento
O desenvolvimento mediúnico é tema que levanta muitas questões, mas o que observamos é a necessidade de agregar o conhecimento prático com o teórico.
Precisamos sinalizar a diferença entre desenvolvimento mediúnico e educação mediúnica; no primeiro o processo é focado no desenvolvimento das faculdades mediúnicas, sem, contudo se preocupar com a percepção da origem da mensagem, no segundo caso, o processo é direcionado a reforma íntima do médium, procurando sinalizar a origem da mensagem em esferas superiores.
Assim, podemos dizer, que na educação mediúnica, quem se aprimora é o individuo ao invés de aprimorar as ferramentas, isto implica na busca pela evangelização pessoal, e conseqüentemente a evangelização e evolução dos guias que nos dão suporte direto.
Neste enfoque, percebemos que o papel do médium é muito mais amplo do que percebemos, mas vamos deixar este enfoque para ser observado mais adiante.

c)      Tipos – classificação
Podemos classificar a mediunidade de várias formas, mas para melhor compreendê-la, vamos dividir a faculdade mediúnica em relação à: Natureza, quanto ao Médium e quanto ao Fenômeno.

Quanto a Natureza temos a natural e a de prova ou tarefa. A primeira se desenvolve com a aprimoramento moral do individuo e a de prova, que é a concessão pelo Alto de uma faculdade mediúnica que naturalmente o indivíduo não teria condições de tê-la.
Podemos dizer que a faculdade mediúnica natural é algo inerente ao homem, como podemos perceber a intuição ou a inspiração, que muitos tem, estes são exemplos mais simples para conseguir visualizar.
Nas faculdades mediúnicas de prova, podemos citar como exemplos as de psicografia, incorporação, psicofonia etc.

Quanto ao Médium podemos classificar em: inconscientes, semiconscientes e conscientes.
- Médiuns Inconscientes: que durante o transe mediúnico não tem consciência do que ocorre, neste grupo também, incluímos os sonambúlicos, este é um nicho que esta diminuído drasticamente com o passar dos anos, pois, estamos cada vez mais, conhecendo a dinâmica do Plano Espiritual.
Estes médiuns não guardam qualquer lembrança do que ocorreu durante o transe.
- Médiuns Semiconscientes: são os que guardam alguma lembrança do que ocorreu no transe mediúnico, mantém o controle sobre o corpo e o processo de transe, podendo inclusive interferir no processo de manifestação.
- Médiuns Conscientes: mantém total lembrança do que ocorre durante o transe mediúnico, podendo interferir no processo de manifestação ou mesmo do transe em si.

Quanto ao Fenômeno: dividir em Lucidez, incorporação e efeitos físicos.
- Lucidez: incluímos a telepatia, vidência, psicometria, audição e intuição, são desenvolvidas pelos médiuns conscientes.
- Incorporação – total ou parcial: incluímos as manifestações orais, escritas, sonambúlicas, são faculdades desenvolvidas pelos médiuns inconscientes ou semiconscientes.
Não existe incorporação em médium consciente, o que se tem é o processo de irradiação.
- Efeitos Físicos: incluímos todas as séries de fenômenos assim denominados, inclusive os processos de cura, desenvolvidas pelos médiuns das três categorias.

Matéria – Espírito: antes de prosseguir, necessitamos distinguir o que vem a ser a matéria e o Espírito.
Considerando que tudo no universo é energia, que tem como único ponto de diferenciação o grau de adensamento, ou, melhor dizendo, de densidade, onde a energia na sua forma mais sutil é utilizada para compor a estrutura do Espírito e na sua forma mais densa compõe as estruturas do perispírito e do corpo físico. Este é um tema que iremos discorrer de forma mais abrangente no próximo modulo do Curso.
Fizemos esta introdução para podermos falar da absorção, esta se dá em conformidade com a densidade do meio em que se encontra, ou seja, quando mais fluídico, etéreo estivermos maior será a nossa capacidade de absorver as energias fundamentais do universo, chegando a ponto de, em algumas civilizações mais avançadas moralmente, a base alimentar seja puramente fluídica, o que não é o nosso caso ainda. O mesmo se dá com os fluidos espirituais, se mantivermos nosso padrão vibratório elevados, aumentamos a nossa capacidade de absorvê-los, caso contrário, nos tornamos refratários a todo tipo de intervenção.
Para elucidar, vamos imaginar que estamos em uma situação de perigo, onde estamos necessitando de ajuda, se nos mantivermos calmos, seremos (na medida do possível) e confiantes na proteção divina, iremos receber a ajuda com muito mais tranqüilidade e agilidade, caso contrário, não iremos nem mesmo conseguir ouvir as orientações que os nossos amigos estão nos dando.
Tudo é uma questão de estar sintonizado na estação certa, na hora certa.

Fluído – Irradiação: fluído é a manifestação da energia num estado mais sutilizado, de forma que tem uma penetração mais abrangente e profunda nos corpos materiais, esta energia escoa no universo como se estivesse num grande oceano, a distinção que temos dos fluídos está relacionada com a carga energética que o criou, ou seja, podemos direcionar fluidos para a cura material, para o reequilíbrio espiritual etc, enquanto a irradiação e o direcionamento direto, focado e com um objetivo claro de uma determinada carga fluídica, mental, etérea ou material, assim, podemos perceber que existem casos de manifestações mediúnicas que se dão através de irradiação mental do Espírito comunicante sobre o agente comunicador, desta forma, os campos energéticos, ou auras, não são interpostas, possibilitando ao espírito comunicante a manutenção de distância necessária, não temos como adentrar no campo das necessidades reais da pratica da irradiação no processo de comunicação mediúnica.
Nos processos de cura, a irradiação é utilizada para que a área que será objeto do tratamento receba a carga necessária sem que ocorra uma sobrecarga na região em torno, possibilitando o direcionamento de tratamentos específicos para áreas pré-determinadas, o que na matéria podemos visualizar com as cirurgias a Laser, por exemplo.

Aproximação: sempre que um espírito se aproxima, podemos perceber pela carga vibratória que o envolver, assim, podemos distinguir quando é um amigo espiritual ou não, se é uma entidade elevada ou não, mas para isso, se faz necessário que desenvolvamos nossa capacidade de observação, somente com a observação, é que conseguimos aprimorar esta sensibilidade.
Por falta de aprimoramento, muitas vezes confundimos capacidade magnética com capacidade moral, às vezes ouvimos falar que tal pessoa sente mais forte a entidade x do que a y, na verdade ela consegue perceber melhor um padrão de energia do que outro, isto implica dizer que mesmo que sentimos de forma mais branda a aproximação desta ou daquela entidade, não implica que elas são mais ou menos fortes, mais ou menos evoluídas, mas sim que ainda não desenvolvemos mecanismos para ler estes padrões energéticos.
Motivo pelo qual, alguns médiuns são enganados por espíritos inferiores, por ter um padrão energético muito intenso, se passando por espíritos superiores. Daí a necessidade de distinguir padrão vibratório e padrão energético nas aproximações.

Vamos continuar este ensaio nas próximas postagens. Deixe seu comentário para nos auxiliar no direcionamento do que iremos escrever.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Workshop - Teologia de Umbanda, Apometria, Curimba, Ervas

Não deixe esta oportunidade, neste Workshop serão feitas as inscrições para os cursos.
Vamos aprender, vamos compartilhar, vamos participar.